terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aula: Toda Pessoa é Divina e Eterna (04/09/11)


“Havia uma menina numa classe de seminário que parecia desamparada e quase inútil. Eu tentava encorajá-la e fazê-la conversar. Sentia que ela queria desesperadamente tomar parte do grupo e fazer algo. Quando, porém, lhe perguntavam alguma coisa, ou a chamavam para fazer uma oração ou ler uma escritura, ela lutava consigo mesma por uns momentos, depois começava a chorar e voltava ao seu lugar. Havia uma certa simpatia da classe por ela, mas também havia aqueles que muitas vezes faziam comentários cruéis a seu respeito.
Ela quase nunca penteava os cabelos, tinha roupas bem pobres e fequentemente usava meias trocadas, quando as usava. Se chegasse um pouco adiantada para a aula, as cadeiras a seu lado direito e esquerdo permaneciam quase que invariavelmente vazias. Se chegasse atrasada, só se sentava ao lado de alguém se aquele fosse o único lugar vago.
Eu sabia o bastante sobre sua formação para compreender o por quê daquela atitude. Sua mãe era viúva e ganhava muito pouco. 
O presidente do corpo estudantil do colegial fazia parte daquela classe e também a jovem que fora eleita a rainha da beleza. Além de inteligentes e bonitos, eram também talentosos e estavam envolvidos em muitas atividades.
Um dia, chamei os dois ao meu escritório e perguntei-lhes se gostariam de realizar um milagre. Eles se interessaram. Disse-lhes que alguns milagres desenrolavam-se um pouco lentamente; mesmo assim, eram milagres. Conversamos um pouco sobre a jovem e fiz designações. O presidente do corpo estudantil deveria sorrir e dizer-lhe alguma coisa toda vez que a visse na escola. Só isso. Ele não teria que a convidar para sair, não tinha que parar para conversar com ela, não precisava ter outro relacionamento com ela além disso nem dar a entender que ela era mais importante que as outras—meramente um alegre e encorajador ‘Acho você legal’ ou ‘Oi, como vai?’
A rainha da beleza aceitou a designação de caminhar com a jovem para o seminário. Apenas isso. Ela não teria de incluí-la no seu círculo de amizades, somente ir e voltar do seminário com a jovem todos os dias. Ela só teria de correr para alcançá-la ou diminuir o passo para esperá-la quando andassem na rua e simplesmente conversar sobre o que quisesse.
Os dois começaram a executar suas tarefas discretamente, mas entusiasmados, sem revelar nada a ninguém. O milagre não demorou a acontecer. Um dia notei algo diferente na jovem. Levei quase todo o período de aula para descobrir o que era e, então, percebi: ela penteara os cabelos. Aquilo foi extraordinário!
Depois de um ou dois meses, a transformação continuava. Nossa rainha da beleza ficou mais amiga da jovem e mais falante durante aquela caminhada. Ela nunca estava sozinha com a jovem porque tinha os próprios amigos que a seguiam. Assim, outras colegas eram incluídas no grupo, e logo a menina estava rodeada pelas jovens mais populares da escola durante aqueles poucos minutos por dia.
Há tantos detalhes interessantes que poderiam ser contados sobre o milagre. Nossa jovem desprezada transformou-se, fez faculdade, encontrou um bom emprego, casou-se no templo, e aqueles que a conhecem hoje jamais acreditariam no patinho feio que ela foi na juventude.” [Boyd K. Packer, Teach Ye Diligently (Ensinai Diligentemente) (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1975), pp. 149–50.]

Na medida que vocês se aproximarem das pessoas que as cercam, poderão realizar milagres na vida delas e trazer felicidade à sua própria vida!

Muito boa essa aula.

Sabendo o valor das almas, você gostaria de fazer uma só pessoa sentir que não tem valor?

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